Período Regencial

O Período Regencial foi um período da história do Brasil marcado por instabilidade política e social, caracterizado pela ausência de um imperador com plenos poderes. O país foi governado por regentes, uma vez que o herdeiro do trono, Pedro II, era ainda uma criança.

Aspectos Políticos

  • Abdicação de D. Pedro I: O período regencial teve início com a abdicação de D. Pedro I em 1831, em meio a crises políticas e insatisfações populares. Essa abdicação deixou o país sem um líder forte e desencadeou um período de grande instabilidade.
  • Regências: O governo foi exercido por regentes, inicialmente de forma trina( com 3) e depois por um único regente. A falta de experiência política de muitos regentes e as disputas entre as diversas facções políticas dificultaram a governabilidade.
  • Ato Adicional de 1834: Em resposta às diversas revoltas e pressões populares, foi promulgado o Ato Adicional de 1834, que descentralizou o poder, criou as Assembleias Legislativas Provinciais e fortaleceu o poder moderador.
  • Golpe da Maioridade: Em 1840, com o objetivo de restabelecer a ordem e a estabilidade, foi realizado o Golpe da Maioridade, que antecipou a ascensão de D. Pedro II ao trono, encerrando o período regencial

Revoltas Regenciais

O período regencial foi marcado por diversas revoltas regionais, que expressavam as insatisfações das diversas camadas sociais e as disputas entre as elites regionais. As principais revoltas foram:

  • Guerra dos Farrapos (Rio Grande do Sul): A mais longa das revoltas,teve diversas causas, como a insatisfação dos estancieiros com a política tributária do governo central, a defesa dos interesses locais e a busca por maior autonomia. A revolta envolveu diferentes camadas sociais, desde grandes proprietários de terras até escravos.
  • Cabanagem (Grão-Pará): Revolta popular de caráter social, com participação de escravos, indígenas e populares. As causas principais foram a exploração econômica, miséria, a desigualdade social e a insatisfação com a administração colonial.
  • Balaiada (Maranhão): Teve como principais causas as disputas políticas locais, a insatisfação com a elite dominante e a exploração dos trabalhadores. A revolta envolveu diferentes grupos sociais, como escravos, libertos, pequenos proprietários e artesãos. 
  • Sabinada (Bahia): Foi uma revolta de caráter republicano, liderada por intelectuais e profissionais liberais. As causas principais foram a insatisfação com o centralismo do governo, a busca por maior autonomia para a província e a defesa de ideias liberais.
  • Revolta dos Malês (Bahia): A Revolta dos Malês foi um levante de escravos muçulmanos que buscavam a liberdade e a igualdade. A revolta foi reprimida com violência e teve um caráter mais restrito em comparação com as outras. 

Aspectos Econômicos 

  • Crise Econômica: O período regencial foi marcado por uma profunda crise econômica, agravada pela queda dos preços dos produtos de exportação, como o café.
  • Desigualdade Social: A concentração de renda e a persistência da escravidão agravavam as desigualdades sociais e contribuíam para a instabilidade política.
  • Desenvolvimento Industrial: Apesar das dificuldades, houve um certo desenvolvimento industrial, especialmente em algumas províncias, como São Paulo e Minas Gerais.
  • Em resumo, o Período Regencial foi um período de transição e de grande instabilidade política e social no Brasil. As diversas revoltas e a falta de um governo central forte marcaram esse período. O Golpe da Maioridade representou uma tentativa de restabelecer a ordem e a estabilidade, abrindo caminho para o Segundo Reinado. 

    Fontes Imagens : Shutterstock.com e arquivos pessoais.
    Trabalho de História - Prof. Ten. Mazzucco - 2024
    Desenvolvido por Webnode Cookies
    Crie seu site grátis! Este site foi criado com Webnode. Crie um grátis para você também! Comece agora